Foi com uma grande emoção que li a reportagem do Correio da Manhã.
Não podia deixar de agradecer a todos quantos tornaram esta reportagem possível, em especial à jornalista Marta Silva pela sensibilidade que teve ao lidar com este tema.
Marta, Clara, Catarina e Elsa, amigas, obrigada por darem a perceber tudo o que nós passamos.
Em especial à Catarina, quero desejar que amanhã seja o dia em que ela vá acordar de um pesadelo, e que ao lado esteja a felicidade, aquela que hà uns dias esteve presente na sua vida e que por breves horas foi interrompida.
Sinto que todos nós, casais inférteis, crescemos mais um pouco, nesta sociedade que ainda não consegue lidar muito bem com este problema.
Estamos todos de Parabéns.
Aqui fica o link da reportagem:
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=555F8564-97D8-4991-87B8-2B9B7D0F05C2&channelid=00000019-0000-0000-0000-000000000019
Para quem não leu todo o meu blog, e me fala em Adoptar uma criança, eu passo a contar, que estamos inscritos como casal adoptante desde 2004, e que ainda no passado mês de Julho nos dirigimos à S. Social da qual pertencemos, e nos foi informado que teremos que esperar pelo menos mais 2 a 3 anos. Por isso, e para quem tem neste momento 38 e 47 anos respectivamente, não podemos ficar de braços cruzados à espera que um dia (não sei quando) o meu telefone toque.
É DIFÍCIL ADOPTAR EM PORTUGAL, e só quem não passa por um processo de adopção não consegue entender que nem todas as crianças que estão institucionalizadas estão em condições de adoptabilidade.
E já agora pergunto: Se um casal com filhos biológicos também não tem o dever de adoptar uma criança???
A Adopção não é exclusividade dos casais inférteis.
Desculpem a minha sincera opinião.
Bjs
Susana Pina
De Anónimo a 11 de Agosto de 2008 às 01:23
é a primeira vez que aqui venho e apenas o faço porque li a reportagem numa revista de um jornal de café, mas não pude deixar de vir aqui mostrar a minha incompreensão.
É natural que a maioria das mulheres deseje ser mãe, é algo natural e, quem sabe, inato. Porém nem todas estão talhadas e fisica e psicologicamente para isso.
O que eu venho aqui questionar é, essa necessidade de ter um filho, não poderá ser "saciada" através da adopção? Se em vez de pensar que o dinheiro que paga em contribuições para a segurança social (já agora, como qualquer trabalhador normal e legal) poderia financiar mais meia duzia de testes de fertilidade, porque não pensar que esse dinheiro que já foi gasto nas anteriores e infrutiferas tentativas, seriam mais que suficientes para dar inicio a um processo de adopção, salvando uma criança de uma vida de deambulações por uma qualquer instituição social.
Não será um acto de puro egoísmo querer parir a toda a força, quando a solução poderá estar mais perto e ser mais simples do que parecem querer ver.
Pai é quem cria, quem cuida, quem dá afecto, quem está lá... não é necessariamente quem faz.
Porque qual será a diferença entre ir buscar um filho "feito" numa qualquer clínica de fertilização, que ainda não tem vida, que não passa de um mero feto, quando poderemos fazer algo capaz de mudar o mundo de um pequeno ser que já existe e a quem a vida já pregou tantas partidas.
a infertilidade é uma doença, não restam dúvidas, mas não se trata de nenhuma que possa assumir teor de catástrofe. Seriamos todos mais felizes se tentarmos a cada dia procurassemos fazer alguem mais feliz e deixarmos de olhar apenas para o nosso umbigo.
Não pretendo julgar ninguém, apenas dar o meu ponto de vista crítico. Uma mulher não é mae porque gera um filho no seu ventre, mas sim porque educa e dedica a sua vida a um pequeno ser em inicio de vida. Aí, penso eu, reside a principal diferença entre egoísmo e felicidade partilhada.
Catarina Pinto
De MM a 11 de Agosto de 2008 às 11:57
CATARINA,
tenha vergonha. Sabe quantos destes casais estão na lista de espera para adoptar? sabe quantos anos se espera para conseguir uma adopção? Conhece todas as condições que são colocadas?
E acima de tudo, uma coisa não invalida a outra. Desde que me conheço que tenho o sonho de adoptar uma criança, contudo como o meu marido porque é como casal que vivemos) enfrenta um processo de divórcio litigioso, a adopção é-nos vedada, e como ainda não tenho 30 anos, sozinha também não posso. A par da adopção quero ser mãe e desde 2007 que tento e não consigo. Tenho de mais uma vez esperar,em listas enormes, para consultas e tratamentos. Também pergunto onde está o que contribuo para a segurança social e não me venha dizer onde empregar o dinheiro, não sugira adopção em vez de tratamentos de fertilidade, porque minha "boa samaritana" de trazer por casa porque para mim e talvez para muitos destes casais uma coisa não invalida a outra.
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