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. FIM
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O nosso Mega-Almoço, está quase à porta, e eu não consigo pensar noutra coisa.
Sinto imensas saudades de todas vós, das amizades que fiz no encontro do ano passado, e que se mantêm. Conheci pessoalmente Amigas de Norte a Sul do País, Amigas que me ajudaram virtualmente quando eu mais precisei.
Em 16 anos de infertilidade, recordo perfeitamente os primeiros 14, não tinha acesso à net, e falar da minha infertilidade era quase "tabu".
Não tinha com quem desabafar o meu sofrimento, passei meses e meses em tratamentos, e vinha trabalhar com um sorriso nos lábios, como se se tratassem de dias normais para qualquer mulher, mas não eram. A minha família é pequena, os meus pais já com muita idade não percebem a minha dor.
Lembro-me de estar à espera das consultas e das ecos no Hospital, e estarem ali pertinho de mim, casais como eu, mas ali só reinava silêncio, ninguém falava.
A fase das injecções até se passavam bem, mas quando se começam a fazer as ecos de controlo, começa a aumentar o medo, a ansiedade de algo correr menos bem.
Depois das Ecos confirmarem que está tudo bem, vem a fase da punção, do medo de que não tenhamos óvulos, ou se são de fraca qualidade, ou se estão imaturos.
Seguidamente, a fase do namoro, será que conseguem fertilizar? E será que tenho embriões para transferir? E será que chegam ao 5º dia?
E depois a transferência...Será que devo fazer repouso? Será que já se implantaram? E os sintomas? Será que estas dores de barriga são sinónimo de gravidez ou da chegada daquilo que não queremos? E estes 15 dias que nunca mais passam...E eu sem paciência para ouvir ninguém, mas tenho que dar a entender que estou bem, que sou uma mulher que não estou a sofrer, e muitas vezes tenho que dar ouvidos aos problemas dos outros, quando eu tenho um ENORME PROBLEMA comigo...E quando me apetece chorar? Não posso fazê-lo em frente dos outros, para não dar a entender. E quando me telefonavam a dar o resultado da beta, sempre negativo, e tinha que continuar a trabalhar como se o meu mundo não tivesse desabado sobre a minha cabeça.
Isto tudo para dizer que passei muitos anos no SILÊNCIO, o silêncio que infelizmente ainda existe em muitos casais que sofrem desta DOENÇA.
Depois de chegar até vós hà cerca de 2 anos, tudo se tornou diferente. Falo abertamente com quem me entende, quem percebe quando estou triste, ou quando estou muito feliz. São pessoas que sofrem como eu, que sabem dar o valor à tremenda dor que é não poder conceber naturalmente.
Por tudo isso, AGRADEÇO-VOS tanta AMIZADE, e carinho, que têm tido para comigo, jamais me esquecerei, sinto-me muito bem convosco, e quero continuar assim...ADORO-VOS...
Bjs do tamanho do mundo e até sábado
Susana
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